Este mês a Associação Brasileira de Nutrição (Abran), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e a (ABESO) se posicionaram contra a indicação do óleo de coco para a perda de peso.
O apelo é que por conter alto teor de gordura saturada, seu uso na cozinha (em substituição aos óleos transgênicos e processados como canola, milho e girassol), poderia elevar os níveis do colesterol LDL (o ruim) e, com isso, colocar em perigo a saúde do coração.
Sem dúvidas, nenhuma gordura saturada em excesso (principalmente para pessoas que tem uma alimentação inadequada e rica em carboidratos refinados, excesso de peso e estilo de vida ruim) não faz bem, pois seu consumo excessivo estimula receptores inflamatórios em nosso organismo, aumentando o risco de doenças.
Concordo que seja equivocado classificar o óleo de coco como um “meio milagroso” para emagrecer, não existe método mágico ou cápsulas mágicas para emagrecer e seu consumo excessivo (como de outros) poderia sim causar danos a saúde.
Porém, devemos considerar que, se você vive em uma dieta antiinflamatória, pobre em produtos industrializados, priorizando carboidratos de baixo índice glicêmico, açúcar e tem uma vida ativa, o uso adequado (máximo 1 colher sopa ao dia) do óleo de coco poderá ser benéfico e usado como fonte de energia, principalmente cerebral.
Outra dica interessante, o óleo de coco é composto por gorduras, saturadas em sua maioria, TG cadeia longa, TG cadeia média, e um pouco de cadeia curta. Toda gordura composta por TG cadeia longa resiste a altas temperaturas e produz menos peróxidos quando aquecido, o que seria melhor para nossa saúde.
Além disso, o óleo de coco virgem, principalmente extraído do coco fresco sem uso de altas temperaturas ou processo químico na sua extração é natural e não transgênico (como a maioria dos óleos vegetais).
Vale ressaltar, que devido ao controle na quantidade a ser usada diariamente, é importante variar os tipos de óleos diariamente (como a manteiga, banha de porco orgânica e o azeite virgem).
Lembre – se que uma alimentação saudável deve vir acompanhada de mudança no estilo de vida e uma rotina de exercícios físicos sempre. Não adianta tomar colheradas de óleo nenhum e achar que vai emagrecer sem dedicação. E viva o equilíbrio!
Roberta Larica é graduada em nutrição pela UVV (2003), pós-graduada em nutrição esportiva funcional pela UNIB/VP (2005), pós-graduada pela Functional Medicine University (FMU) (2017), membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Funcional, membro do American College of Nutrition.